segunda-feira, 11 de abril de 2016

8 dicas para evitar a agressividade nas crianças
Todas as crianças passam por fases mais agressivas, onde tentam resolver tudo com pancadas, mordidelas ou pontapés, utilizando a agressividade como uma forma de exprimir a sua revolta. Para uma criança mais feliz, saiba como evitar essa agressividade e ajude a criança a lidar com a sua própria raiva.
1.       Estabeleça regras claras. Comunique de forma clara à criança quais as regras relativamente ao seu comportamento, ou seja, se é proibido bater e morder informe-a disso. Explique-lhe ainda quais as consequências desses atos – ficar de castigo na esquina ou não poder ver televisão durante uma noite, por exemplo. Sempre que a criança quebrar essas regras, deve ser logo chamada à atenção e castigada, para que não se sinta tentada a desafiar constantemente os limites.
2.       Ensine à criança o autocontrole. As crianças não têm a capacidade de se auto controlarem, sendo, por natureza, seres impulsivos. Por isso mesmo, no que toca à agressividade, precisam de ser ensinadas a não bater, dar pontapés ou morder sempre que lhes apetecer. Para isso, precisam da orientação dos pais para as ajudar a exprimir o seu descontentamento através da comunicação verbal e de pensarem antes de partirem para comportamentos agressivos.
3.       Não castigue com violência física. Violência física gera violência física, ou seja, se vir o seu filho a morder ou a bater o irmão mais novo, a vontade inicial é dar-lhe uma boa sapatada, mas a verdade é que deve evitar esse impulso a todo o custo. Utilizar a violência física como forma de disciplina é negativo de duas maneiras: pode aumentar a agressividade da criança e pode levá-la a acreditar que essa é a forma correta de lidar com pessoas quando não se gosta do seu comportamento.
4.       Não encoraje a criança a ser um “durão”. A tendência que alguns pais têm é para motivar uma certa agressividade nos filhos – principalmente nos rapazes – de forma a que eles se possam defender em qualquer situação. Porém, encorajar uma criança a ser “durão” ou utilizar essa palavra como elogio, pode levar a criança a sentir que precisa de ser agressiva para ter a aprovação dos pais.
5.       Seja paciente. Não é nada fácil lidar, de forma calma e tranquila, com uma criança agressiva, no entanto, deve dar o exemplo e manter o temperamento controlado. Por norma, as crianças imitam o comportamento dos pais, por isso, se for agressivo com a criança, o mais certo é ela seguir as suas pegadas.
6.       Mimo e carinho. A agressividade de uma criança também se quebra com mimos e um pouco de carinho – afinal o amor não é mais forte do que tudo? Num momento de raiva e de agressividade, mostre à criança que percebe aquilo que está a sentir e esteja fisicamente presente para lhe segurar a mão, passar a mão no cabelo ou dar-lhe um forte abraço. O poder de um carinho não tem valor e é extremamente potente no que toca a desvanecer e evitar futuras atitudes agressivas.
7.       Ensine a criança a lidar com a raiva de forma positiva. Motive a criança a utilizar as palavras para exprimir os seus sentimentos, em vez de recorrer à violência, ou seja, diga-lhe que está disponível para ouvir porque motivos está zangada e para a ajudar a encontrar uma solução para a situação. Outras formas de lidar com a agressividade incluem: dançar, ir brincar ou correr lá para fora para libertar a energia acumulada; mas também fazer alguma coisa que aprecie particularmente – como ler um livro, desenhar ou brincar com o seu animal de estimação – para dissipar a raiva.
8.       Elogie o bom comportamento. Da mesma maneira que as crianças têm de ser chamadas à atenção quando se portam mal e são agressivas, também precisam de ser elogiadas pelo seu bom comportamento. Faça questão de elogiar a criança quando ela lidar com a sua raiva de forma positiva, ou seja, sem ser agressiva.


Crianças agressivas
Crianças que mordem ou empurram amiguinhos, xingam e batem nos pais e outros adultos, fazem birras ou escândalos sem necessidade, podem ser consideradas agressivas? Em qual faixa etária é mais comum a criança ser mais agressiva?
Sem dúvida que as condutas das crianças morderem, empurrarem e baterem são demonstrações de agressividade mais primitiva do que fazer escândalos e birras. A agressividade física ocorre em crianças menores porque a comunicação corporal é anterior ao desenvolvimento da capacidade de falar. As crianças pequenas, de 1 até 3 anos, em geral podem ser mais agressivas porque seu aparelho para pensar ainda está em formação e é primitivo, e a criança não conhece outros meios de conseguir o que deseja ou  rechaçar o que incomoda. Só agredindo fisicamente ou berrando.

2. A agressividade infantil pode ter vários motivos: chamar a atenção das pessoas, fazer birra, nervosismo por alguma frustração, entre outros. Como saber o real motivo dessa agressividade e como lidar com isso?
Olhando para a criança, isto é tentando, de fato, se colocar no lugar dela sendo solidário, desta maneira é possível compreender o que ela está sentindo. Outra forma de compreender a criança é conversando. Pergunte a ela porque você faz isso? Talvez ela ainda não saiba colocar em palavras, então você pode ajuda-la, colocando as suas hipóteses em palavras, até a criança encontrar alivio ao ver que você a compreendeu e traduziu em palavras aquilo que emocionalmente lhe perturbava. O sentimento que era incompreendido e por isso a criança era tomada por ele, ganha uma forma pôde ser expressado e foi compreendido pela mãe ou o pai. Além de ensinar a conduta para o filho que é pensar e falar ao invés de atuar, a mãe traz um grande alivio porque é isto que ele mais deseja quando faz birra – Ser compreendido pela mãe ou pai – Existir para o outro – Reconhecer-se no olhar do outro.

3. É verdade que a agressividade infantil está ligada à dificuldade da criança se expressar?
Sem sombra de dúvida. Dificuldade de se expressar para o outro e principalmente para si mesma. Nosso trabalho é ajuda-la a se expressar e ver-se reconhecida e legitimada em seus sentimentos no olhar do outro – pai, mãe, cuidador…

4. Qual é o papel da escola na hora de lidar com uma criança agressiva?
As escolas precisam ter profissionais que compreendem o universo infantil. Em situação de agressividade este profissional deve ouvir a criança com toda a atenção e auxilia-la a pensar no ódio e na raiva, enfim nesta energia negativa que circula dentro dela e que busca escape na agressividade. Se o sofrimento for intenso e a conversa com o profissional não bastar deve-se encaminhar a criança para um psicólogo infantil que ajude a criança a administrar e organizar seus sentimentos de ódio e que oriente os pais.

5. Como os pais podem castigar uma criança agressiva sem serem agressivos também?
Castigo é agressivo. Se o pai castiga o filho aumenta o ódio dentro dele e ele será mais agressivo e isto se tornará um circulo vicioso. O que fazer? Conversar, explicar, perguntar e encontrar junto com a criança pensamentos e ideias para dissolver o ódio. Em geral as crianças refletem com os outros a conduta de seus pais em casa. Será que os pais de filhos agressivos também não são inconscientemente agressivos? Muito provavelmente!

6. Quando os pais são muito permissivos com a criança agressiva, eles estão piorando este quadro de agressividade no filho?
Sim. Em primeiro lugar porque eles ensinam ao filho que ele vence pelo cansaço. Em segundo lugar se são permissivos, é sinal que não dão à criança o que ela precisa e futuramente esta criança será um adulto muito difícil de lidar.

A criança testa o adulto ela quer ver até onde ele cede e se ela pode confiar no adulto para cuidar dela. Um pai permissivo não coloca limites, e muitas vezes é isso que ela esta pedindo. Ela precisa sentir-se cuidada. Dar tudo o que ela quer é descuidar de uma criança. Deixar que ela faça o que quiser é sinal que ninguém cuida dela. Por isso criança precisa ser cuidada por um adulto para dizer o que pode e o que não pode e o porque, até a criança crescer e aprender a cuidar de si mesma. Ser mãe e pai dá trabalho, precisamos pensar no que é melhor para o nosso filho, pais muito permissivos não estão fazendo o seu trabalho.

7. Levar a criança para brincar ou para praticar algum esporte pode ser uma forma dela descarregar a agressividade? O que mais pode ser feito para melhorar o quadro de agressividade do filho?

Em primeiro lugar conversar. Em segundo lugar pensar no que você chama de agressividade? Será que é muita energia dentro dela e a necessidade de extravasa-la? Então o caminho é praticar algum esporte que ela goste. Lembre-se que nossos filhos não estão no mundo para realizar nossos desejos frustrados, se você quis ser campeão de judô, não imponha isto ao seu filho. Veja o que ele gosta. Atividades livres também são importantes, por isso se ele tem muita energia, não ocupe todo o seu tempo livro praticando esportes dirigidos.  Ele pode fazer um esporte e também brincar ao ar livre com os amigos.

10 estratégias para disciplinar as crianças
Pequenas, mas com vontades próprias, as crianças necessitam de disciplina para conhecerem os limites e valores importantes como o respeito. No entanto, a disciplina não deve ser reservada exclusivamente para os momentos em que as crianças se portam mal, deve ser algo contínuo para que a criança saiba ela própria distinguir entre o que é certo e o que é errado. Mune-se destas estratégias para ter sempre crianças bem comportadas.
1.       Regras e limites.A melhor forma de facilitar a disciplina de uma criança é estabelecer regras e limites claros, ou seja, que sejam claramente percetíveis pela criança. As regras e os limites são fundamentais para a criança aprender o autocontrolo, para saber o que está certo e errado, facilitando a vivência dentro e fora da esfera familiar. Conhecidas as regras, a vida torna-se mais fácil para pais e crianças.
2.       Consequências claras. Da mesma forma que as regras para crianças têm de ser simples e claras, também as consequências devem ser. Se existe um castigo para o mau comportamento – ir para a cama mais cedo, não poder ver televisão ou brincar com um certo brinquedo – é importante que essa consequência se materialize. Só assim é que as crianças vão perceber que não podem contornar as regras, nem desafiar os limites sem terem de lidar com as consequências. Por mais que lhe possa custar, há que cumprir as consequências – nunca ninguém disse que a disciplina ia ser fácil, mas mais importante do que isso é que seja eficaz. A longo prazo valerá a pena.
3.       O respeito é muito bonito. Ensinar a criança a respeitar não só os adultos, mas todas as pessoas que a rodeiam passa por coisas tão simples como aprender a dizer “por favor” ou “obrigado”. Não gritar ou bater são outras ações que devem ser controladas, para limitar a agressividade nas crianças. Fale com a criança da mesma forma que gostaria que ela falasse consigo e nos dias em que a pequenada se exaltar (acontece a todos!) peça-lhe para se sentar quieta durante 5 minutos para se acalmar antes de voltar a falar consigo. É importante que a criança possa falar e expressar tudo o que lhe apetece, mas sempre com respeito pelo outro.
4.       Sim em vez de não. Quando se pensa em disciplina para crianças, a palavra que vem imediatamente à cabeça é “não”, porém, esta deve ser substituída pelo “sim” sempre que possível, ou seja, troque o “não deves” por “deves”. Ao focar o comportamento que quer ver em vez daquele que não quer ver, é mais fácil a criança aprender – por exemplo, em vez de dizer “não batas com os carrinhos na mesa” diga “ao fazeres isso podes estragar a mesa, brinca com os carrinhos no chão, aí andam mais depressa!”.
5.       Descobrir as causas. Se o mau comportamento é uma constante e todos os atos de disciplina estão a ser infrutíferos, é importante avaliar a situação e perceber qual o motivo por de trás da desobediência: será que aconteceu alguma coisa na escola? Será que a criança não se sente bem? Estará a dormir o suficiente? O mau comportamento nem sempre é capricho infantil, por isso, converse com a criança depois de ela se acalmar e tente avaliar melhor a situação e a forma como a pode resolver.
6.       Seja firme. O segredo por de trás do sucesso da disciplina infantil é a capacidade de manter-se firme, ou seja, se a criança já sabe que não pode levar brinquedos para a escola, não ceda só porque ela resolveu fazer uma birra gigante; se a hora de dormir é às 20h30, não ceda porque a criança quer brincar mais um bocadinho. No momento em que ceder, a criança vai continuar a testar os limites vezes sem conta.  
7.       Gosto de ti. Ser firme não significa que não pode dizer à criança quanto gosta dela ou dar-lhe um abraço depois de lhe chamar a atenção pelo mau comportamento ou de explicar porque não gostou de determinada ação ou palavras. É uma forma interessante de mostrar à criança que a disciplina não significa que se goste menos um do outro e que apesar dos conflitos tudo vai acabar bem.
8.       O poder é seu. Não há volta a dar, os pais são quem mandam, por isso, utilize isso para seu benefício. As crianças observam e copiam tudo aquilo que seja do mundo adulto, por isso, se estiver sempre a gritar com a pequenada, eles vão pensar que não há nada de errado com isso e serão certamente um espelho do mesmo tipo de comportamento. Ao respirar fundo e pensar duas vezes antes de falar, pode fazê-lo de forma calma, lembrando à criança que é assim que se fala e se deve comportar. Cabe a si estabelecer o tom das situações, que as crianças acabam por seguir esse caminho.
9.       Cuide-se. As crianças são os seres mais maravilhosos do mundo, mas a rotina diária e as diferentes fases do seu desenvolvimento podem revelar-se verdadeiros desafios para qualquer mãe ou pai. Daí a importância de cuidar de si – encontre tempo de qualidade para estar sozinho, mas também com o seu companheiro(a), faça atividades que lhe permitem aliviar o stress – desta forma estará mais preparado para enfrentar, de forma calma e exemplar, os desafios da disciplina infantil.
10.    Avanços e recuos. Disciplinar uma criança não é algo que acontece de um dia para o outro e, embora seja mais fácil perceberam as regras à medida que vão crescendo, isso não significa que de vez em quando não haja uma grande birra, portas a bater, irmãos a brigar ou outros comportamentos menos positivos. Esteja preparado para tudo


80 atividades para crianças: simples, divertidas, de baixo custo e todas dentro de casa
A frase "estou entediado" pode ser dita ou sentida quando se trata de uma criança que já está há demasiado tempo dentro de casa – especialmente quando está muito frio ou chuva, a televisão acaba por ser o elemento distrativo mais usado, mas não necessariamente o mais recomendado. Por isso, fica aqui uma lista de atividades baratas e divertidas para entreter a pequenada num dia em que tenham de ficar em casa.
1.       Fazer um piquenique dentro de portas.
2.       Construir uma tenda, usando cadeiras, lençóis e mantas.
4.       Pintar quadros com os dedos.
6.       Uma festa com música e muitas danças divertidas.
7.       Um chá das cinco.
8.       Ler histórias de embalar.
9.       Fazer pedicure.
10.    Brincar aos professores.
11.    Fazer um livro de letras, cada letra tem direito a uma fotografia ou imagem recortada de uma revista.
12.    Ver álbuns de fotografias.
13.    Fazer um vídeo e vê-lo no final.
14.    Pintar com guache.
15.    Brincar com as bonecas.
16.    Brincar com carros de corrida.
17.    Jogar jogos de tabuleiro.
19.    Fazer fantoches de sacos de papel.
21.    Fazer uma caça ao tesouro.
23.    Brincar aos vestidos.
24.    Fazer moinhos de vento.
25.    Fazer chapéus de papel.
27.    Fazer uma corrida de obstáculos em casa.
28.    Brincar às escondidas.
29.    Fazer uma luta de bolas de neve usando meias.
30.    Construir um forte com caixas de cartão e fita-cola.
32.    Construir um puzzle de um desenho, colando-o num cartão e recortando as peças.
33.    Encher uma pequena piscina na cozinha e deixar as crianças brincar em água quente.
36.    Construir uma estrada no corredor da casa, criando as linhas brancas com fita-cola branca.
37.    Fazer carimbos com maçãs: cortar uma maçã a meio e fazer carimbos com uma tinta lavável.
38.    Aprender uma nova música.
39.    Fazer um colar com rebuçados.
40.    Criar um concurso de talentos.
41.    Fazer confetes com um furador de papel.
42.    Fazer um cartão para oferecer, decorado com massas coloridas coladas.
43.    Uma corrida de berlindes.
44.    Esculpir barro, deixar secar e pintar.
45.    Fazer manicure.
46.    Criar cartões de picotar, recortados das caixas de cereais para crianças.
47.    Fazer um calendário para ir riscando ou colando autocolantes até ao dia do aniversário.
48.    Brincar com Legos.
50.    Fazer uma coroa de papel e brincar aos reis e rainhas.
51.    Tirar fotografias a fazer caretas.
52.    Fazer carros grandes de caixas de cartão, cortar buracos para as pernas e deixar as crianças correrem pela casa.
53.    Brincar aos semáforos: luz verde, luz amarela, luz vermelha.
54.    Fazer um fato de super-herói com o que tiver em casa.
55.    Coloque um montão de almofadões no chão e deixar as crianças atirarem-se contra elas.
56.    Planear um jantar romântico com a ajuda das crianças.
57.    Veja vídeos de família antigos.
59.    Crie caminhos de papel higiénico à volta de casa.
60.    Construa aviões de papel.
61.    Leia os livros favoritos.
62.    Fazer cupcakes e deixar as crianças tratarem da decoração.
63.    Planear as próximas férias de família.
64.    Ensinar as crianças a coser.
65.    Reorganizar uma divisão da casa.
66.    Imitar um vídeo de aeróbica.
67.    Criar um bar de chocolate com chocolate quente, leite achocolatado, marshmallows, natas…
69.    Fazer uma peça de teatro.
70.    Deixar as crianças usar maquilhagem, será bem divertido.
71.    Imprimir desenhos para colorir e fazer pinturas.
72.    Montar uma tenda dentro de casa e fazer campismo.
73.    Brincar aos médicos.
74.    Atirar bolas para dentro de baldes: quem encher primeiro ganha!
75.    Ler um livro e encenar a história.
76.    Bowling dentro de portas.
77.    Brincar às mercearias.
78.    Tomar um banho com espuma e montes de brinquedos dentro da banheira.
79.    Encher balões de água e atirar pela janela para o quintal a alvos.
80.    Encenar um baile de príncipes ou princesas.


7 alternativas às palmadas nas crianças

Disciplinar uma criança não é tarefa fácil, principalmente quando passam por fases de independência e desobediência total. No entanto, recorrer à violência – mesmo que sejam umas palmadas leves – é apenas uma solução temporária para a indisciplina, pode incitar à agressividade nas próprias crianças, criar um clima de medo em casa e até piorar a situação. A cultura da disciplina positiva propõe várias alternativas às palmadas, tão ou mais eficientes, mas com resultados a longo prazo.
1.       Pausa para a criança. Uma pausa ou “time out” consiste em colocar a criança “de castigo” num espaço predefinido para esse efeito onde permanece o tempo suficiente para se acalmar ou perceber que se portou mal. Pode ser numa esquina, ao fundo das escadas ou numa cadeira específica e geralmente equivale-se o número de minutos dessa pausa à idade da criança. Por vezes, o simples facto de alertar a criança que irá para a zona de pausa caso continue a portar-se mal é o suficiente para que ela mude de atitude.
2.       Pausa para o adulto. Muitas vezes, uma criança leva uma palmada simplesmente porque a mãe ou o pai já não consegue ouvi-la a brigar com os irmãos, já não suporta a confusão de brinquedos que agora não quer arrumar ou a birra que parece não ter fim. Antes de levantar a mão numa situação como esta, respire fundo, diga à criança que se vai retirar durante alguns minutos e que quando chegar vão falar sobre o sucedido. Depois faça-o. Esta é uma maneira de aprender a ser um pai mais paciente e calmo – algo que vai acabar por se refletir nas crianças.
3.       Comunicação constante. Falar é sempre uma alternativa melhor ao bater, porque quando existem palmadas a criança nem sempre percebe o porquê – só sabe que não quer voltar a levá-las. Em vez disso, opte por falar calmamente com a criança, explicando-lhe o que fez mal e qual a melhor forma de proceder, usando sempre linguagem e exemplos apropriados à sua idade. Pode ser algo tão simples como: “fico triste quando vejo que deixaste os livros todos espalhados no chão, da próximo vez gostava que os arrumasses todos no seu lugar”.
4.       Apresente alternativas. Em vez de partir de imediato para as palmadas, respire fundo, enfrente a criança e apresente-lhe duas alternativas: “queres parar de gritar com o teu irmão ou ir brincar sozinha para o teu quarto?”. Esta é uma excelente forma não só de ensinar a criança a fazer boas escolhas, como torná-la mais obediente, menos indisciplinada.
5.       Perda de privilégios. Outra alternativa às palmadas pode passar pela perda de privilégios, ou seja, se a criança portou-se mal não terá direito a uma história antes de se deitar ou passará dois dias sem o seu brinquedo preferido. Este tipo de castigo mostra às crianças que existem consequências reais para os seus atos desafiadores.
6.       Elogios em vez de críticas. As crianças aprendem melhor o que é portarem-se bem através dos elogios, ao invés das críticas e das palmadas quando se portam mal.Ao destacar o bom comportamento da pequenada com palavras positivas, parabéns e mimos, irá motivá-la a manter essas condutas, sendo esta uma forma saudável e não-violenta de estabelecer, a longo prazo, o tipo de comportamentos que gostaria que a criança adotasse sempre.
7.       Disciplina positiva. Quando toca a disciplinar as crianças é natural que utilizemos mais a palavra “não” do que “sim” e quando elas desobedecem – que é o mais certo quando são negadas alguma coisa – respondemos com palmadas. Em vez disso, experimente formular os seus pedidos de forma positiva, ou seja, em vez de dizer “não podes ver o teu DVD enquanto não arrumares os brinquedos todos” diga “claro que podes ver o teu DVD, mas primeiro tens de arrumar os brinquedos”. E mais importante do que isso, é não recuar ou voltar atrás – as crianças precisam de compreender que existem consequências para todos os seus comportamentos – bons e maus – e essa disciplina pode ser perfeitamente conseguida sem recurso à violência.

15 dicas para criar crianças criativas
Entre a televisão, os DVDs, o computador e os jogos de consola, as crianças estão mais amigas das altas tecnologias e dos gadgets – ou seja, daquilo que já está pronto a consumir e ainda por cima muito facilitado – do que das suas próprias mãos e imaginações que, bem estimuladas, podem revelar pequenos grandes artistas. Criar crianças criativas é mais fácil e divertido do que imagina e saber pensar de forma inovadora e sem limites é uma excelente ferramenta para a vida.
1.       Faça questão de organizar atividades criativas que possa desenvolver com os seus filhos, pelo menos uma vez por semana. Por exemplo, a tarde de sábado pode estar reservada para pintarem um mural na parede do jardim ou então para fazerem artes decorativas ou uma sessão de cozinha infantil. Varie muito, para que possa perceber quais as atividades criativas mais apreciadas e, quem sabe, descobrir algum talento escondido. Tenha uma lista de possíveis passatempos para os dias chuvosos ou quando a pequenada está especialmente irrequieta.
2.       A vossa própria casa deve ser um local de inspiração. Faça questão de encher as paredes de arte, fotografia e ilustração; tenha sempre música a tocar e introduza a pequenada a todo o tipo de géneros musicais. Se puder, crie um “cantinho artístico” em casa – recheado com papel, cadernos, tintas, marcadores, lápis de cera, tecidos, plasticina, revistas velhas, cola, etc. – onde as crianças possam expressar a sua criatividade de forma espontânea.
3.       Motive as crianças para desenvolverem projetos distintos de tudo aquilo que já viram, ou seja, incentive-as a terem as suas próprias ideias e a executá-las. Pode fazer perguntas como “o que será que aconteceria se…” para estimular a imaginação. Encoraje os miúdos a terem mentes abertas e a experimentarem um pouco de tudo.
4.       Quando a pequenada pedir que seja você a fazer um desenho, inverta a situação, dizendo que adorava ver o que eles conseguiriam criar. Nunca espere perfeição ou maturidade de um projecto infantil, mas sim deve valorizar a genuidade e originalidade destas pequenas obras de arte.
5.       Tente dar igual (ou até mais importância) a todo o processo criativo, em vez de concentrar as atenções exclusivamente no resultado final. Porém, as obras-primas das crianças devem ser exibidas para toda a família poder contemplar, sendo esta uma forma de não só aplaudir a criatividade da criança, como incentivá-la a continuar.
6.       Limite o tempo que os miúdos passam em frente à televisão, computador e consolas de jogos, mas não o tempo livre que têm para realmente brincar, criar e inovar. Incentive-os a criarem os seus próprios jogos, a organizarem peças de teatro ou a elaborarem um livro ou revista – é uma excelente forma de descobrirem e se apaixonarem pela sua imaginação.
7.       Envolva-se nas brincadeiras das crianças, mas deixe que sejam elas os líderes – mesmo que não estejam a fazer as coisas como deviam ou como gostaria que as fizessem, deixe-as chegar ao fim. Desta forma, para além de ganharem confiança nas suas próprias ideias, vão poder perceber o que correu menos bem e como fazer da próxima vez.
8.       Faça questão de expor as crianças ao mundo da arte e da cultura: desde lições de música ou de dança, passando por visitas frequentes a museus, galerias de arte e até concertos e peças de teatro. Desde que possam apreciar, haverá sempre alguma coisa que vão retirar destas experiências, permitindo ainda o desenvolvimento de um gosto que os possa acompanhar durante o resto da vida.
9.       Não descure a escrita criativa (pode ajudá-los a escrever num diário, uma história ou uma peça de teatro para depois ensaiarem); a leitura (importantíssimo para estimular pequenos cérebros e fomentar o gosto por este excelente hábito; leia em voz alta – eles adoram!); e até a fotografia (com as máquinas digitais, os miúdos podem tirar centenas de fotografias sem gastar um cêntimo e será sempre muito interessante observar as suas perspetivas).
10.    Impulsione as crianças a fazerem perguntas e envolva-as nas próprias respostas, estimulando-as para dizerem “porque é que acham que é assim?” e “se isto fosse diferente?”…
11.    Encontre um equilíbrio entre atividades tradicionais como puzzles, exercícios de linguagem e matemática; e as novas tecnologias, caso de kits de ciência, pesquisar na Internet ou criarem um blogue em conjunto.
12.    Façam palhaçadas, brincam às escondidas e riam muito, afinal de contas, o humor também é uma forma de criatividade.
13.    Passem tempo ao ar livre, explorando o vosso bairro ou fazendo pequenas viagens até ao campo, praia e cidade – dê a conhecer o melhor de todos os mundos aos seus filhos. Apreciem a beleza das nuvens, das árvores, do mar, dos riachos, dos pássaros, das flores, dos arranha-céus e dos habitantes das cidades…
14.    Envolva-os em exercícios de faz-de-conta, lançando perguntas como: “se eu pudesse inventar uma máquina…”; “se eu tivesse três desejos…”; “se eu pudesse mudar o mundo…”
15.    Faça questão de, para além de transmitir sabedoria às crianças, ensinar-lhes capacidades práticas e hábitos de raciocínio – ensine-os a puxarem pelas suas próprias cabeças. Veja tudo como uma oportunidade de conhecimento e transmita isso aos seus filhos.

Cinco dicas de como lidar com crianças desobedientes e agressivas
Fortalecer a autoestima e estimular a prática de esportes estão entre as ações sugeridas por Gustavo Teixeira, especialista em psiquiatria da infância e adolescência.
Ele faz pirraça na loja de brinquedos do shopping, agride colegas da escola, não tem paciência com nada e, muito menos, obedece as regras da casa. O que tem de errado com seu filho?

Em "O reizinho da casa" (Editora BestSeller, R$ 22), Gustavo Teixeira, especialista em psiquiatria da infância e adolescência, conta que algumas atitudes comportamentais da criança podem indicar um Transtorno Desafiador Opositivo - quadro observado em crianças e jovens que desenvolvem sua identidade a partir da oposição com o outro.

No livro, além de ajudar a esclarecer as causas e os sintomas do problema, Gustavo Teixeira mostra exemplos práticos e casos reais - e explica a pais e professores como lidar com comportamentos problemáticos.

Confira abaixo algumas dicas práticas que o autor dá em seu livro de como contornar esse transtorno e criar um ambiente familiar e escolar saudáveis.
  • Estabeleça regras e limites
Crianças necessitam de regras muito bem estabelecidas para estruturar suas vidas. "Os pais devem conversar entre si e dialogar com seus filhos, estabelecendo regras, limites e consequências de maus comportamentos ou desobediência. Essas regras podem ser discutidas em reuniões de família, envolvendo os pais e os filhos.As possíveis consequências por mau comportamento devem ser realizadas como um ato de amor, não como uma simples punição. Atos de ameaça e humilhações devem ser evitados."
  • Pai e mãe devem falar a 'mesma língua'
"Questões comportamentais de indisciplina estão mais presentes, por exemplo, entre filhos de pais que discutem, divergem e que não concordam na maneira de educar os filhos. As divergências entre pais ou educadores expõem fraquezas, falta de comando e descontrole, permitindo que o filho os manipule à sua maneira."
  • Fortaleça a autoestima do seu filho
"Baixa autoestima é uma das grandes características de crianças e adolescentes com sintomas de oposição, desafio ou que se envolvem com drogas. Portanto, ajude a criar uma boa autoestima em seu filho exercendo um reforço positivo às suas atitudes, através de elogios, carinho e atenção."
  • Estimule a prática de esportes
Através do esporte, conceitos básicos de respeito, ética, hierarquia, competição, aprendizagem de regras e limites serão estimulados e ensinados. "Esportes de luta, como judô, capoeira e jiu-jítsu, ajudam no autoconhecimento, controle das emoções, disciplina e na inclusão social. A autoestima da criança será protegida, sendo o esporte considerado um fator de proteção também ao envolvimento com álcool e outras drogas. Além disso, praticando esportes ao lado de seu filho, seus laços afetivos ficarão mais fortes."
  • Comunique-se com a escola
A comunicação entre pais e professores é importante para a identificação e o monitoramento do comportamento. "A experiência diária de professores com o aluno poderá ser de grande valia para a discussão e a busca conjunta por estratégias e soluções de problemas de indisciplina do estudante presentes tanto na escola quanto em casa."

Lidando com a agressividade na Educação Infantil

Qualquer bebê nasce com impulsos agressivos, tanto quanto com impulsos amorosos. Durante a primeira infância, esses comportamentos vão sendo estimulados ou inibidos de acordo com os relacionamentos entre a criança e os adultos em torno dela, do ambiente que a rodeia e da educação que ela recebe.
Não é incomum que professores experimentem comportamentos violentos por parte de alunos pequenos – por ser uma etapa de adaptação, as crianças em idade pré-escolar ainda estão aprendendo como se organizar socialmente e como lidar com a divisão de atenção (já que, em casa, ela costuma ser o foco dos cuidados e, na escola, passa a compartilhá-lo com todos os colegas). Essa mudança pode ser o gatilho para tapas, mordidas, atitudes de egoísmo ou pequenos furtos.
O uso da força para enfrentar um problema pode ser a única forma de expressão dominada pela criança – por isso a importância de introduzir novas atividades de comunicação e controle de raiva (foto: Google)
Por que meu aluno está agressivo?
Antes de tomar uma atitude perante o problema, reserve algum tempo para analisar a história e os relacionamentos da criança que está demonstrando agressividade. Geralmente, as crianças repetem comportamentos que foram expostos a elas – o aprendizado nem sempre é positivo, e ela irá absorver igualmente os atos de gentileza ou de violência que presenciar.
Procure descobrir se a criança está atravessando momentos difíceis em casa. A família passou por alguma dificuldade ou frustração, que pode estar afetando os filhos? É possível observar agressividade nos pais ou responsáveis, ou identificá-la através dos relatos da criança? Se este for o caso, converse com a coordenação da escola e, juntos, convoquem a família para discutir soluções.
Há, é claro, outras particularidades que podem estar ocasionando o problema: a falta de limites ou a inconsistência na hora de disciplinar, por exemplo, fazem com que a criança teste seu poder ao máximo. Afinal, ela começa a perceber que não será punida e quer descobrir até onde vai sua autonomia.
A mudança de cidade, escola ou classe, ou uma mudança na estrutura familiar (como a chegada de um irmãozinho) também podem ser o motivo das brigas. A agressividade é uma forma de expressão; embora não seja a mais correta, pode ser a única que o aluno domina naquele momento. Neste caso, cabe aos educadores e aos pais apresentar novas formas de lidar com as dores e frustrações.
Não ameace ou invada o espaço da criança: abaixe-se para que seus olhos fiquem no mesmo nível e guie o diálogo para que ela entenda as consequências de seus atos (foto: Google)
Como ajudar a criança?
1.       Formas de expressar a raiva: É importante introduzir maneiras alternativas através das quais a criança pode extravasar. Converse com ela em particular, sem causar constrangimentos diante da turma, e proponha atividades que facilitem sua expressão. Elas podem ser: desenhar o que a deixa brava, praticar um esporte que demande muita energia, escrever (se ela já for alfabetizada), ou mesmo chutar uma almofada ou travesseiro até se sentir melhor. O foco é que ela compreenda que pode dar vasão ao seus sentimentos sem prejudicar outros colegas, e que não há vergonha em se sentir zangada.
2.       A necessidade das regras: Explique que, por vocês conviverem em grupo, certas regras são exigidas em sala de aula. Ao invés de impô-las, tente fazer com que a criança entenda por si mesma os motivos de cada uma, e as causas e consequências de suas atitudes. Por que você acha que determinada regra existe? O que acontece se nós a seguirmos ou não? Como seria se a classe decidisse solucionar cada impasse com socos e tapas? Quais ações poderiam resolver melhor esse problema? Faça um cartaz com o que é permitido e o que não é dentro da escola (confira o post Autonomia: Nossas regras).
3.       Não rotule: Evite ao máximo usar frases negativas ao se referir à criança que está se comportando mal. Enfatize que sua atitude foi ruim e que ela poderia ter resolvido suas questões por outro caminho, mas não dirija suas críticas à ela especificamente (com sentenças como “você é mau” ou “você não se importa com os outros”). A infância é uma época de descoberta da própria personalidade e, às vezes, de muita insegurança. Por isso, as crianças podem se agarrar a rótulos negativos apenas pelo conforto de ter uma definição de si mesmas – e, portanto, passam a reproduzir aquele mesmo comportamento, com a validação dos adultos de que “elas são assim mesmo”.
4.       Punições: Não há nada de errado em um castigo, caso a criança volte a descumprir o combinado. Certifique-se de que ele seja proporcional à infração e de que o aluno compreenda o porquê de ter sido chamado. É importante que toda a equipe pedagógica tenha uma mesma postura e combine, com antecedência, como lidar com a indisciplina – assim, a lição fica clara, e não há a desculpa de “esse professor não gosta de mim” ou “o outro professor deixa”. As regras devem valer igualmente para todos. Ainda é essencial que não se façam ameaças vazias. Não diga que vai colocar a criança de castigo repetidas vezes se não pretende fazê-lo, pois isso explicita que o educador está blefando e que o comportamento agressivo pode continuar, já que não há consequências. Além disso, não grite, não se descontrole nem humilhe qualquer aluno. Lembre-se de sempre se abaixar ou ajoelhar para conversar com ele do seu nível de visão – uma postura não ameaçadora.


Como resolver problemas de indisciplina?


Veja atividades práticas para fazer com os seus alunos, que os auxiliam a entender regras e noções de respeito ao próximo

Objetivos:
-Descobrir a importância dos combinados (regras) para que cada um seja respeitado.
- Elaborar, em conjunto, os combinados para o grupo, de modo que todos possam cumpri-los.
- Prestar atenção nas regras de convivência, pensando sobre o respeito que ele tem pelos outros.
Faixa etária: a partir de 3 anos.
 Segunda a professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I com pós-graduação em Alfabetização Glauce Rossi, da EMEI Santos Dumont, na Educação Infantil, os maiores problemas de indisciplina ocorrem com alunos que costumam ter reações agressivas e intolerantes, o enfrentamento e o desrespeito aos colegas e à professora, além da dificuldade de adaptação ao ambiente escolar. Mas o que fazer para que as crianças nessa faixa etária aprendam a ter disciplina e a respeitar regras, professores e colegas? Quais os desencadeadores dessas atitudes?
Para Glauce, entre os principais motivos estão os pais, que delegam para a escola toda a responsabilidade da Educação de seus filhos que, na realidade, deveria começar em casa, e a escola, que não consegue acompanhar as mudanças de vida e dos valores socioculturais da nossa sociedade. "Com essas mudanças, nossas crianças também não são as mesmas de décadas atrás. Atualmente, elas estão perdendo a 'primeira infância', em que o brincar é essencial para o seu desenvolvimento, mas a escola insiste em ensinar nos moldes antigos, mesmo na Educação Infantil, dando ênfase apenas à alfabetização, não levando em conta a importância do brincar nessa faixa etária", explica ela.
Dica de leitura!
O Leão e o Macaco
Essa é uma fábula que trata da família, do amor e do respeito ao conhecimento dos mais velhos. Com maestria e diversão, Ieda de Oliveira nos apresenta animais que nutrem e valorizam os belos sentimentos. 
Autora: Ieda de Oliveira 
Editora: Larousse 
Preço: 26,90
Onde encontrar: 
www.larousse.com.br
Com relação à família, a professora diz que sua atitude é fundamental para a formação da criança, pois é nela que ocorre a maior parte dos aprendizados na vida dela. Por isso, são os pais que representam a primeira e a mais importante escola para a aprendizagem das regras de conduta, dos limites de comportamento, lidar com sentimentos e antecipar as consequências das ações dos seus filhos. Além disso, os pais devem acompanhar diariamente a vida escolar dos filhos, participando de encontros, palestras, reuniões etc.
Mas mesmo os pais tendo papel primordial, o professor e a escola também possuem a função de educador e, nesse caso, Glauce sugere ao professor agir com autoridade, com diálogo e respeito ao aluno, além de deixar claro que o que é errado é o comportamento e não o aluno. Mostrar à criança que ela desrespeitou um dos combinados (regras) do grupo e, por isso, há uma consequência para a quebra dele. Lembrando que a professora deve criar combinados (regras) com a turma de alunos logo no início do ano letivo. "O profissional erra quando exerce uma autoridade sem limites ou com exagero, desrespeita a criança com gritos, impõe suas regras e não leva em conta os combinados do grupo; isso não resolve a situação, pelo contrário, tende a criar novos problemas de indisciplina", diz ela.
Dica de leitura!
Mais Respeito, Eu Sou Criança!
Mais Respeito, Eu Sou Criança! é a reunião de poeminhas que eu gostaria de ter escrito quando tinha 8 anos, por aí. Isso porque esses versos são uma espécie de desforra de tudo o que eu queria palpitar na infância e que os adultos não me deixavam falar ou não quiseram ouvir. Explico: todo mundo diz que as crianças devem respeitar os adultos. E os adultos? Não têm de respeitar as crianças? Esse é um assunto sério mesmo... E, toda vez que um assunto é sério mesmo, o jeito é pensar nele por meio da poesia. Assim, a gente consegue dizer melhor o que sente, o que sonha e o que nos incomoda. A poesia é uma maneira gostosa de tirar o retrato dos nossos sentimentos. Por isso, com essa estranha câmera fotográfica nas mãos, escrevi esse livro para você, lembrando-me do tempo em que eu só ouvia: "Cala a boca, menino!", "Pare quieto, menino!", "Vá pro seu quarto, menino, que isso não é conversa pra criança!" E coisas do tipo... Ah, que desforra gostosa! 
Autor: Pedro Bandeira 
Editora: Moderna 
Preço: R$ 35,50
Onde encontrar: 
www.moderna.com.br
Para finalizar, a professora aconselha: "O papel da Educação Infantil é ir além da alfabetização, sempre pensando na criança como um indivíduo que necessita aprender coisas tão importantes como as matérias básicas. Respeitar as pessoas, o meio ambiente, exercer a cidadania, aprender sobre valores, higiene, responsabilidades e tudo o que for possível para a criança se tornar um adulto responsável".
Dica de leitura!
Segundo o artigo da revista de Educação da Universidade Estadual de Londrina, das professoras Josiane Peres Ferreria, Claudia Cristina Palácio e Márcia Maria Geron Favarim, dar limites às crianças na Educação Infantil é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro, ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. Começando, então, a combater a indisciplina. O professor nas aulas da Educação Infantil constrói conhecimentos, firma habilidades, estrutura significações, desperta potencialidades, assim também estabelecendo limites.

Como resolver problemas de indisciplina?



Veja atividades práticas para fazer com os seus alunos, que os auxiliam a entender regras e noções de respeito ao próximo



Dica de leitura!
Histórias de (In) Tolerância
As memórias de um Natal um pouco diferente. A descoberta do outro, a percepção de que ele deve ser respeitado. A consciência de que conhecendo o que é aparentemente diverso da gente nos torna mais tolerantes e que - assim - podemos sonhar com um mundo melhor. Por meio das lembranças da infância, literariamente narradas aqui, Guila Azevedo nos apresenta temas importantes para quem deseja olhar com profundidade e humanidade as relações entre as pessoas e a sociedade.
 
Autora:
 Guila Azevedo 
Editora:
 Larousse 
Preço:
 R$ 28,00 
Onde encontrar:
 www.larousse.com.br
Saiba +
A professora Glauce Rossi é autora dos blogs: Erro! A referência de hiperlink não é válida. sites.google.com/site/ diariodaprofaglauce; e http://diariodaprofaglauce. blogspot.com. Veja mais sugestões de atividades postadas por ela.

Dica esperta!
As professoras da Universidade Estadual de Londrina também escrevem em seu artigo que é importante que os professores adotem um padrão básico de atitudes perante as indisciplinas mais comuns, como se todos vestissem o mesmo uniforme comportamental. Esse uniforme protege a individualidade do professor. Quando um aluno ultrapassa os limites, não está simplesmente desrespeitando um professor em particular, mas as normas da escola.

Agressividade na infância: até que ponto é normal?

Fragilidade e insegurança. Esses são os dois principais motivos que ocasionam comportamentos agressivos por parte das crianças, podendo resultar em ferimentos nela própria e em outras pessoas. Situações como o nascimento de um novo bebê na família, separação dos pais ou então a perda de algum parente próximo contribuem para a mudança repentina na maneira de agir do filho.
"As crianças são totalmente emocionais e pouco racionais. Por não saberem lidar com alguns sentimentos, podem expressá-las por meio de atos agressivos", explica a especialista em psicologia clínica para crianças e adolescentes, Keila Gonçalves.
Sabe-se, no entanto, que a agressividade não é um traço de personalidade. Se seu filho está agressivo, certamente ele está sendo influenciado pelo cotidiano familiar e, em menor escala, por fatores externos, como a televisão, amizades, entre outros.
Segundo Keila Gonçalves, os pais devem ficar preocupados quando as atitudes perturbadoras se tornam prolongadas. "Algumas vezes, as crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas permanente, ou seja, parecem estar sempre provocando situações de briga. Este é o momento de entrar em ação".
Observar muito bem cada atitude e manter o diálogo são os primeiros passos para descobrir a causa o problema. Muitas vezes, o pequeno da família pode estar vivendo situações de conflito, seja em casa ou na escola, que o faça desempenhar algum tipo de papel, agredindo e deixando-se agredir, como conseqüência desta dinâmica em que pode estar inserido.
O comportamento hostil geralmente se origina por inúmeras razões: dificuldade de relacionamento com outras crianças; algum tipo de abuso ou humilhação por parte dos adultos; pais que evitam dizer “não” quando necessário (podendo transformar em uma criança possessiva) ou excesso de cobrança.
Nesses casos, a criança precisa de ajuda, mais do que de punição. Torna-se urgente assisti-la, por meio de muita observação e diálogo, para que se possa interromper esse ciclo de violência. É recomendada a ajuda de um especialista, que orientará os pais sobre a maneira correta de proceder.
Outra medida importante é a relação de cumplicidade entre a família e a escola. Saber sobre o comportamento do seu filho fora de casa e informar a educadora sobre os problemas percebidos podem ser fundamentais. "Muitas vezes, há uma melhora sensível quando a criança percebe que seus pais enxergaram o problema", revela a psicóloga. Como se percebe, o afeto é o caminho mais tranqüilo e menos doloroso para arrancar a tensão de dentro do seu querido. Basta saber usá-lo.
1. Por que crianças pequenas têm atitudes agressivas?

Pode não parecer, mas a agressividade é uma linguagem, uma forma de expressar sentimentos e desejos. "Não é a maneira mais correta, mas talvez seja a única forma que o filho aprendeu a usar nos momentos de angústia, ansiedade e principalmente de frustração, diz Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Entre as situações de frustração, estão, por exemplo, ouvir um "não" quando pede para os pais comprarem um brinquedo ou ter que parar de brincar na hora de ir dormir.
2. Como agir quando a criança pequena usa a agressão para conseguir o que quer?

Os pais não devem atender aos desejos dos filhos quando eles tomam atitudes agressivas, porque isso só vai reforçar a ideia de que é pela força, pela agressão e pelo grito que conseguimos o que queremos. "Os pais não podem reforçar esse comportamento. No caso da birra, não se pode atender ao pedido enquanto o filho não tiver um comportamento adequado", diz Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Segundo ela, os pais devem também refletir sobre como eles próprios agem quando querem alguma coisa, para avaliar se estão dando o modelo correto para seus filhos: "Os pais precisam observar suas próprias atitudes, suas "birras", antes de começarem a exigir das crianças aquilo que talvez falte em seus próprios comportamentos".

3. Que outras situações podem despertar o comportamento agressivo dos pequenos?

A agressividade também pode estar vinculada a situações que geram estresse na criança tais como luto, separação dos pais e a gravidez da mãe (que traz o medo de perder o afeto dos pais com a chegada do irmão mais novo). "Para lidar com a situação de forma tranquila é necessário tomar consciência do problema e acolher a criança em seus sentimentos de receio, medo, angústia. Para isto é preciso olhar para ela com cuidado e atenção, buscando ver além do gesto que a criança está utilizando para se fazer entender. Boas horas de intimidade e aconchego verdadeiro são os melhores remédios", afirma a psicóloga Eliana de Barros Santos.

4. Como os pais devem agir quando veem seu filho envolvido em uma briga?

Crianças pequenas brigam com frequência e os pais devem supervisionar de perto para orientá-los e ensiná-los sobre como se portar nessas situações, ensina a psicóloga Eliana de Barros Santos. "Se a criança bater em outra, interfira e separe os dois, mas lembre-se de não supervalorizar a briga. Console e atenda a criança que foi agredida para depois orientar o agressor dizendo que a atitude dele não foi boa e que provocou dor no colega", diz Eliana. Ela orienta que o mesmo deve ser feito se a briga for entre irmãos: "Fique atento para não ceder aos gritos do menor, por achar que ele é mais frágil, pois dessa forma você estará mostrando que a birra tem poder. Aja com justiça. Para crianças pequenas, até cerca de dois anos, é necessário ser incisivo e direto, dizendo em poucas palavras e de forma clara olhando em seus olhos: Não bata! Quando bate, dói".
5. Se os pais agem de forma agressiva, isso influencia as crianças pequenas?

As crianças aprendem, de forma geral, por imitação. Por isso, é preciso atenção: muitos dos comportamentos agressivos dos pais e adultos são aprendidos pelas crianças. "Criança vê, criança faz: não temos dúvida de que a criança apresenta comportamentos copiados dos seus pais ou cuidadores. Para se evitar que a criança se comporte de forma agressiva é preciso que os pais revejam o seu próprio comportamento e identifiquem situações onde costumam se comportar de forma agressiva", diz a psicóloga Eliana de Barros Santos. "Observe se você costuma apresentar agressividade de forma física, batendo na criança ou em animais. Avalie como você trata seu companheiro ou companheira e até mesmo se costuma descontar a raiva nos objetos quando está enfurecido e perde o controle", afirma Eliana. Ela acrescenta que há ainda outros tipos de agressividade que podem ser absorvidos pela criança, como os comentários que os adultos fazem em relação a outras pessoas. "Por exemplo, quando se diz: "esse sujeito é um idiota, alguém deveria socar a cara dele...". A criança capta a mensagem e pode vir a "socar" algum colega quando sentir que este é um comportamento natural", diz Eliana.

6. A agressividade pode ser também uma tentativa de chamar a atenção dos pais?

Sim, essa também pode ser uma das possíveis causas das atitudes agressivas. "Podemos imaginar que os filhos têm um potinho que precisa ser cheio com carinho e atenção dos pais diariamente. Quando esse potinho estiver vazio, ela vai ficar triste e buscar outra forma de obter a atenção dos pais", diz a psicóloga Eliana de Barros Santos. Ela sugere que ao encontrar a criança, depois de um período separado, seja pelo trabalho ou por uma simples noite de sono, os pais se preocupem em encher o potinho com atenção verdadeira. "Você verá que a criança, satisfeita em sua necessidade, estará tranquila e somente voltará a requisitar sua atenção muito tempo depois, quando sentir seu potinho vazio. Em sua fome de atenção, ela precisa ser bem alimentada para se desenvolver saudável e tranquila. Lembrando sempre do potinho e cuidando dele, você vai perceber que agressividade, palavrão, birra, serão assuntos pouco lembrados em sua família", diz a psicóloga.


DICAS PARA EDUCAR OS FILHOS DE FORMA DISCIPLINAR

Hoje um assunto bastante interessante será abordado: castigar ou não os filhos quando tiverem um mau comportamento? A resposta é que se pode, sim, castigar como forma de EDUCAR. O objetivo deve ser ensinar limites e ajudar no desenvolvimento dos filhos e não simplesmente castigar. Disciplina é fator determinante para qualquer educação!
Um frase muito propícia diz: “Educar não é uma tarefa simples. Requer trabalho e paciência por parte dos pais. Cabe a eles ensinarem as regras e os limites do convívio social, com calma e segurança.”
Os castigos para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem raiva…  E para nos auxiliar a aplicar o castigo da forma CORRETA e EDUCATIVA, aí vão algumas dicas.
1) Explique os motivos do castigo
Os filhos precisam entender o motivo do castigo e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos adultos. Os filhos precisam entender que o castigo é consequência de algo que eles mesmos praticaram e que os pais não têm prazer em castigar. A criança precisa entender o que motivou a perda para poder pensar em uma estratégia para evitar que aquele mau comportamento seja repetido.
 2) Preste atenção nas suas palavras
Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela. Portanto, lá vai uma dica: nunca diga “Como você é feio”, e sim, “Que coisa feia você fez”.
 3) Não bater JAMAIS
As famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não por que ela compreendeu as razões da punição.
 4) O castigo deve ser imediato
A criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Mas tome cuidado com essa dica, pois o castigo não deve ser aplicado na presença de outras pessoas, uma vez que a existência de público o tornaria mais humilhante.
 5) Não aplique o castigo na hora da raiva
Tenha sempre calma, não grite. As crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão.


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